Cotação do Ouro na melhor semana de 2013 – Análise 18 a 22 de Março de 2013

admin | Março 25, 2013 | 0 Comments

Enquanto as bolsas europeias mostravam os seus receios relativamente ao enorme susto que os investidores viveram, a cotação do ouro recuperou para valores bem acima dos 1600 USD.

Em situações de crise ou de tensão, o ouro é por norma um activo de refúgio. Numa altura em que os líderes europeus estudavam o que fazer com os bancos cipriotas, o ouro teve a sua melhor semana dos últimos 4 meses, chegando mesmo a tocar os 1617.04 USD por onça, um máximo de três semanas.

Depois de uma semana atribulada com a questão do Chipre, a cotação do ouro fechou a semana a subir relativamente ao que se tinha passado na semana anterior com ganhos de 1%, algo que já não acontecia desde o final de 2012. Durante a semana a cotação do ouro chegou a ultrapassar a fasquia dos 1615 USD. Esta alteração na inversão do ciclo, apesar de muito recente, pode estar intimamente relacionada com as medidas recentemente aplicadas à salvação do sistema bancário do Chipre. Por sua vez a cotação da prata, fechou a semana muito próximo da barreira dos 29 USD. Já a cotação da platina acabou a semana perto dos 1590 USD por onça.

No decorrer desta semana e com os desenvolvimentos relativamente a Chipre é provável que haja alterações significativas ao nível dos metais preciosos.

Destaques da Semana:

Os índices accionistas europeus estiveram parte da semana a negociar em terreno negativo, com o sector da banca a ser mais vendido. A decisão inédita de penalizar os depósitos, além de reter os juros correspondentes a estas aplicações, aumentou os receios de que esta medida possa ser aplicada a outros países em dificuldades na Zona Euro.
O défice da balança de pagamentos da Nova Zelândia atingiu 8,6 mil milhões de dólares norte-americanos, isto é, 5% do PIB em 2012. É o maior défice desde Março de 2009.
A S&P baixou a classificação da dívida do Chipre em mais um escalão dentro do nível especulativo (junk), citando os problemas do sector bancário.
Dewet Moser, director no Swiss National Bank reforçou que o prinicpal objectivo do banco central suíço é manter a taxa de câmbio do EURCHF e está activo no mercado cambial para conseguir este nível.
O indicador de confiança alemã IFO, publicado mensalmente e que se baseia num inquérito a 7.000 executivos, caiu dos 107,4 pontos em Fevereiro para os 106,7. Foi a primeira queda em cinco meses, penalizando os índices accionistas europeus.