Mais um Caso de Manipulação da Cotação do Ouro

Numa notícia recente do jornal online Dinheiro Vivo   foi referido que existe um processo de investigação acerca da manipulação da cotação do ouro:

“A Commodity Future Trading Comission – , entidade que está a liderar o processo de escrutínio do valor dos metais, acredita que os bancos se reúnem duas vezes por dia (videochamada) e manipulam os preços dos metais. Segundo a mesma entidade, os bancos de retalho dos Estados Unidos detinham cerca de 151 mil milhões de euros em contratos relacionados com ouro e prata, em 2012.

O Wall Street Journal avança que os bancos envolvidos na manipulação do preço do ouro serão o Barclays, Deutsche Bank, HSBC, Bank of Nova Scotia e o Société Générale. Quanto à prata, o jornal refere que serão o Bank of Nova Scotia, HSBC e o Deutsche Bank os envolvidos.”

Este tipo de estratégias não são novidade no sistema bancário. Muito recentemente os bancos ingleses foram acusados de uma das maiores fraudes de todos os tempos quando se demonstrou que utilizavam estratégias pouco éticas para manipular o preço da Libor. Nessa investigação o Barclays chegou mesmo a ser multado em 360 milhões de euros.

Este tipo de práticas que têm sido identificadas mostram que a banca, de uma forma geral, está longe de ser ética nas suas operações e como tal deve ser alvo de maior controlo e mais investigações por parte das entidades competentes.

Com todos estes escândalos recentes – manipulação da cotação do ouro e caso dos bancos cipriotas – a nível pessoal, acreditamos que cada um de nós deve estar consciente que a banca pode não ser o melhor refúgio para a totalidade do nosso património monetário, pelo que recomendamos a diversificação da distribuição dos activos financeiros incluindo a compra de ouro e outro tipo de activos como prata.

Fazendo uma análise dos dois senários – manipulação do preço do ouro e a impossibilidade de levantar dinheiro depositado nos bancos do Chipre, pessoalmente, prefiro largamente ser afectado pela manipulação do valor do ouro desde que não haja investimento com recurso a alavancagem. Não poder mexer no dinheiro poupado é algo que decididamente me tiraria o sono.

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